Fragmentos

..o que não deve ser esquecido.

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20110319

Como abraçar um cacto



Tão difícil amar demais
Quando não se pode aliviar a dor
Ainda grita comigo
Porque está doendo pra remover o espinho
Tudo bem, você quer que inflame,
quer que infeccione?
E diz que eu te machuco
Não entende, não compreende
Quer desesperadamente que essa dor te faça bem
Afeiçoou-se ao espinho
Acha que é ingrato da parte dele
Já que o alimenta com suas carnes
E ele só lhe dá de volta, dor e sofrimento
Uma febre ou outra, lágrimas...
Abandonada à própria sorte
Apenas abandonada, é morte
Não cresce flor de sorte,
Onde não há mais esperança
Eu não vou falar mais, se tudo que te digo te incomoda
Se a falta de amor lhe é mais confortavel
Eu retiro o meu e vou embora.


quem quer um doce romance,
não gosta do sabor ácido do amor real

Um comentário:

  1. Bravo! Experimenta poucas formas, mas as que usa tem cores intensas, sensíveis. Um aperitivo para o dia da poesia (22/03).

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